Inteligência Artificial: a força está na união e não na substituição

Última atualização: 14 de abril de 2021
Tempo de leitura: 3 min

Criador do prêmio Nobel, o químico sueco Alfred Bernhard Nobel, ficou milionário com a invenção da dinamite. Acredita-se que ele queria compensar todo o mal que o uso da sua invenção trouxe à humanidade. Em seu testamento ordenou que a renda de sua fortuna fosse usada para premiar “aqueles que, no ano anterior, tivessem conferido maior benefício à humanidade”. É com o espírito de Nobel que devemos trabalhar nos avanços da Inteligência Artificial. Toda a tecnologia tem que ser usada para contribuir para nosso desenvolvimento, pois a sua evolução é inevitável.

Atualmente muitas empresas possuem grandes volumes de dados e desejam explorá-los através de ferramentas de análise, para tomarem decisões mais rápidas e principalmente mais assertivas. A tecnologia vem facilitando a forma como isso acontece. Várias companhias já experimentam essa realidade em algumas áreas estratégicas. Nas atividades da comunicação corporativa não será diferente. Sabemos que a tecnologia pode, em certos momentos, substituir o ser humano, mas o verdadeiro valor está no equilíbrio, na união, na complementação, no casamento harmônico entre homens e máquinas. 

Está cada vez mais fácil coletar dados e registros das mais diversas fontes, e passamos a ter informações que representam um conjunto complexo de difícil análise. Muitas vezes achamos que está no volume e não na qualidade destas informações, o valor do nosso trabalho. E nem sempre conseguimos enxergar as correlações e conexões entre todos esses dados que temos a disposição. Mas quando conseguimos, a grande questão é: como fazer uso correto desse conhecimento? Necessitamos rever as formas e os processos para a resolução de dúvidas e identificação dos problemas. Isso abrange sistemas especializados, raciocínio baseado em outras experiências e técnicas, ferramentas, além de aprendizado profundo e outros métodos de mineração de dados.

O ponto principal nessa reflexão é que quanto mais dados analisamos, mais conhecimento criamos; quanto mais conhecimento criamos, mais fundamentadas serão as resoluções tomadas; quanto mais fundamentadas forem essas resoluções, maior será o benefício potencial para as empresas e instituições. E para isso, o desenvolvimento científico e tecnológico é fundamental. De um modo geral sempre buscamos seguir os melhores caminhos, mas a realidade nos impõe um contexto de informações incompletas e imperfeitas. A Inteligência Artificial, apesar de todas as limitações atuais, tem potencial para ajudar e resolver esta situação.

É importante ressaltar que no final de todo processo o objetivo não é ter a Inteligência Artificial como a única e soberana tomadora de decisões, mas usar seus fundamentos em novos processos e aprendizado de máquina, para aprimorar nosso conhecimento, estruturar nosso planejamento e melhorar pareceres. Porém, as escolhas finais e definitivas devem necessariamente caber ao profissional que, por sua vez, precisa entender todo este contexto, além de estar ciente do seu potencial e suas limitações, preparado para assumir responsabilidades.

A revolução digital impactou profundamente o universo da comunicação corporativa, ampliando horizontes, facilitando processos e melhorando a eficiência. Não menos profunda é a necessidade do desenvolvimento dos seus profissionais. Reskilling e upskilling são palavras de ordem. Requalificação e aprimoramento fazem parte do processo contínuo de desenvolvimento que a maioria das profissões atuais exige. Somente desta forma conseguiremos extrair todo o potencial destas novas ferramentas.

Leia mais:

Inteligência Artificial: você está preparado?

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Marcelo Molnar

Sobre o autor

Marcelo Molnar é sócio-diretor da Boxnet. Trabalhou mais de 18 anos no mercado da TI, atuando nas áreas comercial e marketing. Diretor de conteúdo em diversos projetos de transferência de conhecimento na área da publicidade. Consultor Estratégico de Marketing e Comunicação. Coautor do livro "O Segredo de Ebbinghaus". Criador do conceito ICHM (Índice de Conexão Humana das Marcas) para mensuração do valor das marcas a partir de relações emocionais. Sócio Fundador da Todo Ouvidos, empresa especializada em monitoramento e análises nas redes sociais.

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